sexta-feira, 16 de abril de 2010

Repente

Quando eu era mais jovem, cheguei a sonhar em "publicar um livro". Então um belo dia descobri que publicando um livro, eu estaria na verdade privatizando a minha poesia, tornando-a acessível a um nicho de pequeno-burgueses que têm dinheiro o suficiente para adquirirem este bem.
Então veio a Internet.
Agora, me dou por satisfeito. Publico (de fato) isso que na verdade na verdade, não é POESIA, mas livretos desintelectuais influenciados por cultura pop, rock, beatniks, paganismo e filmes de horror psicológico.
E está aí, acessível a qualquer cidadão do mundo.
Não tenho mais sonho algum referente à literatura.

Nenhum comentário: