sábado, 4 de setembro de 2010

200.

Vou cantar a canção dos desvairados
Dos que não piscam
Dos que, em meio à cultura do alerta
Permanecem voluntariamente desavisados.
Vistas desanuviadas, aurora que antecede o galo,
Eu vou provar que nem toda noite
Torna os gatos todos pardos.
E vou trotar num furacão de fogo,
Sobre a corja em chamas dos simples e abnegados.
Dá-me vinho, demônio conjurado,
Senão rompo teu círculo, esmigalho teu selo,
E voltarás a tua torre humilhado!

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