Tudo aqui são cacos
Desde que Mäsdul agiu com cegueira.
Aqui jamais foi diferente,
Aqui reina a loucura de Mäsdul e seus Regentes.
Somos filhos de Mäsdul,
Ele dorme em nossas almas
E seus sonhos febris somos nós,
Nós e tudo que existe neste quarto escuro.
Somos crias sa cegueira,
Cacos de Absurdo,
Sinfonia cacofônica.
A Mãe tentou entrar,
Mas espatifou-se entre espinheiros ardentes.
Um homem viu um estilhaço, uma vez,
Ele ardia no meio de uma moita
Que não consumiu,
Mas um Espia de Mäsdul flagrou o encontro
E Ele reforçou a guarda (os Nephlins).
Não há salvação para nós.
Zaghar, o Velho, cinco dias longe de Mäsdul. O Arqueiro se foi, e eu acho que não vou durar muito. Estou andando em círculos desde o dia em que o meu bravo companheiro disparou a sua flecha no abismo.
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quarta-feira, 28 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Poemas de Livros Hipotéticos: Fragmentos de Mäsdul. Canção da Sacerdotiza Norea (encontrada num fragmento de vaso)
Arranca uma chuva de mim.
Crucifica-me num graveto
cem vezes seguidas,
até que já não haja vento
ou véu de templo.
Eu sou
um signo vazio
e descascado,
arbusto
dando adeus
ou semblante descaído
de um titã
fossilizado.
Crucifica-me num graveto
cem vezes seguidas,
até que já não haja vento
ou véu de templo.
Eu sou
um signo vazio
e descascado,
arbusto
dando adeus
ou semblante descaído
de um titã
fossilizado.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Fragmentos de Mäsdul: NAHASH

Meu veneno é Zoe
E nem sempre foi letal.
Há um Éon além do Vale dos Espinhos Ardentes
Onde copos do meu sumo é partilhado numa seia orgíaca
Junto com um prato de escamas caídas de cem mil olhos.
Meu veneno é Zoe,
E Norea é meu nome.
Com as pedras que um dia me atiraram
Eu refiz meu corpo,
E renasci como torre coroada
Sob a alcunha de Mágdala.
Os homens sempre me pintarão e esculpirão
Empunhando a Serpente, o cálice,
Ou ostentando peitos fartos.
Estes são os três receptáculos de Zoe,
O Veneno que é salvação
Quando a trave sai do olho
E quando cessa a espessa lama de Mas Allá.
E nem sempre foi letal.
Há um Éon além do Vale dos Espinhos Ardentes
Onde copos do meu sumo é partilhado numa seia orgíaca
Junto com um prato de escamas caídas de cem mil olhos.
Meu veneno é Zoe,
E Norea é meu nome.
Com as pedras que um dia me atiraram
Eu refiz meu corpo,
E renasci como torre coroada
Sob a alcunha de Mágdala.
Os homens sempre me pintarão e esculpirão
Empunhando a Serpente, o cálice,
Ou ostentando peitos fartos.
Estes são os três receptáculos de Zoe,
O Veneno que é salvação
Quando a trave sai do olho
E quando cessa a espessa lama de Mas Allá.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Fragmentos de Mäsdul: Ishtar Fala.

Eu vi quando o Sol se partiu.
O brilho roeu os ossos, estupefez as faces,
e os barcos de prata fugiram em debandada
com mulheres e crianças nos seus ventres
(além da Rainha e seus escudeiros).
Eu estava longe.
Eu vi tudo num espelho.
Eu parti o Sol de Mäsdul.
Hoje cada semi-esfera sua
vaga pelo espaço,
e eu verei quando se re-encontrarem.
Eu tenho os meus motivos,
ninguém entenderia,
nem eu mesma entendo bem,
talvez eu só quisesse saber
até onde eu queria chegar.
Talvez eu só quisesse chegar a algum lugar.
Talvez eu só quisesse Saber...
Eu parti o Sol de Mäsdul.
sábado, 10 de abril de 2010
Poemas de Livros Hipotéticos: Fragmentos de Mäsdul, O Arqueiro e o Abismo
Retesou seu arco.
Semicerrou os olhos.
Cantou aquela velha cantiga
que aprendera com os xamãs
em Mäsdul:
" Vento, vento
que dá na trilha
Chuva, chuva
que dá na ilha
Sol de Agosto
luz sombira
Vultos magros
girando a quilha..."
Quando toda a sua força estava condensada
estancada no braço esquerdo
e a mão direita, intrépida
roçava a barba e o lóbulo da orelha
cerrou os olhos
soltou a corda
e a seta singrou o breu sanguíneo
das pálpebras cerradas.
O que viu a Águia:
Um homem à beira do penhasco
de calças esvoaçantes, tronco desnudo,
o rio rugindo ao pé da encosta,
o arco pendente,
os olhos cerrados,
a face beatífica.
O que não vui a Águia:
Uma flecha cravada
na noite escura
do Arqueiro.
Semicerrou os olhos.
Cantou aquela velha cantiga
que aprendera com os xamãs
em Mäsdul:
" Vento, vento
que dá na trilha
Chuva, chuva
que dá na ilha
Sol de Agosto
luz sombira
Vultos magros
girando a quilha..."
Quando toda a sua força estava condensada
estancada no braço esquerdo
e a mão direita, intrépida
roçava a barba e o lóbulo da orelha
cerrou os olhos
soltou a corda
e a seta singrou o breu sanguíneo
das pálpebras cerradas.
O que viu a Águia:
Um homem à beira do penhasco
de calças esvoaçantes, tronco desnudo,
o rio rugindo ao pé da encosta,
o arco pendente,
os olhos cerrados,
a face beatífica.
O que não vui a Águia:
Uma flecha cravada
na noite escura
do Arqueiro.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Poemas de Livros Hipotéticos: Fragmentos de Mäsdul, O Neófito.
IV.
nós habitamos o degredo
vivemos entre as najas
e aprendemos a dialogar com o deserto.
uma quilha de navio espatifou nossos crânios
e desde então miríades de demônios brotam de lá
-caleidoscópicas borboletas do Abismo-,
e a Prudência jaz, inane,
num mar de lodo e fígados podres.
V.
eu sou Samyazah,
o Pão que o Diabo amassou.
aquele outro é Yesod-Malkuth,
e o grupo que se alberga à sombra raquítica daquela árvore
é a esfomeada cria de satã.
eles envenenaram o Rio que brotava do Trono de Deus e do Cordeiro,
fazendo murchar a Nova Jerusalém.
Nós somos as Jóias favoritas
da Grande Meretriz.
nós habitamos o degredo
vivemos entre as najas
e aprendemos a dialogar com o deserto.
uma quilha de navio espatifou nossos crânios
e desde então miríades de demônios brotam de lá
-caleidoscópicas borboletas do Abismo-,
e a Prudência jaz, inane,
num mar de lodo e fígados podres.
V.
eu sou Samyazah,
o Pão que o Diabo amassou.
aquele outro é Yesod-Malkuth,
e o grupo que se alberga à sombra raquítica daquela árvore
é a esfomeada cria de satã.
eles envenenaram o Rio que brotava do Trono de Deus e do Cordeiro,
fazendo murchar a Nova Jerusalém.
Nós somos as Jóias favoritas
da Grande Meretriz.
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