terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Manutenção da Ferida

na estria dos dias
o astro pendido do betume
do espaço.

selvagem,
soturno,
veste de mendigo,
sol de boate à meia-noite.

e sempre a mesma ladainha vertigens e luzes místicas ou saudades da origem perdida e a buscaeabuscaeabuscaeabusca...

nesta manhã, em que há tanto a fazer,
o poema insurge-se fênix,
babando letras ácidas,

maantendo aberto o corte
(anti-célula)
para que o sangue escorra livre,

para que a carne não vire
fóssil.