quarta-feira, 27 de abril de 2011

Rock'n'Metal Lyrics: Megadeth. Holy Wars.




GUERRAS SANTAS... O CASTIGO MERECIDO
Irmão matará irmão
Derramando sangue pela terra
Matando em nome da religião
Algo que eu não entendo
Tolos como eu, que cruzam o mar
E chegam á terras estrangeiras
Pergunte ao rebanho, por suas crenças
Vocês matam em nome de Deus?

Um país que é dividido
Certamente não resistirá
Meu passado se apagou, chega de desgraça
Não resta nenhum tolo

O fim está próximo, é evidente
Faz parte do plano mestre
Não olhe agora para Israel
Ela poderia ser sua terra natal

Guerras santas

Sobre o meu palanque, enquanto o
Sábio estadista
Senta no banco do meu julgamento
A batida do martelo, apóia a lei
Em minha saboneteira, um líder
Determinado a mudar o mundo
Aqui em meu púlpito enquanto uma pessoa
Mais santa que você, pode ser o mensageiro de Deus

Faça a guerra no crime organizado
Ataques sorrateiros, repelem as pedras
Atrás das linhas
Algumas pessoas se arriscam a me dar emprego
Algumas pessoas vivem para me destruir
De um jeito ou de outro eles morrem
Eles mataram minha esposa, e meu filho
Na esperança de me escravizar
Primeiro engano, último engano!
Um juramento de, matar todos os gigantes
Próximo erro... não há mais erros!

Preencha as rachas, com granito judicial
Porque eu não digo isto, eu não quero dizer que esteja
Pensando nisto
Próxima ação você sabe
Eles tomarão meus pensamentos
Eu sei o que eu disse
Agora devo gritar de overdose
E a falta de assassinatos por misericórdia

Sussurros de Kassandra: O Prédio em Chamas

O prédio ardia em chamas. As pessoas olhavam, assustadas, ninguém sabia ao certo o que tinha acontecido. Não houve choque, explosão, nada. Há um minuto o prédio estava intacto, e há dois minutos o prédio estava em chamas.
João Carlos há muito deixara o seu cachorro quente cair no chão, embora a sua mão ainda segurasse o vazio. Seria possível?! No seu primeiro dia trabalhando num escritório do Edifício Roriz..."Foda-se o emprego, merda, eu escapei, estou vivo, mas e as pessoas?"
Pessoas histéricas saíam correndo de dentro do prédio como formigas de um formigueiro em chamas (tochas acesas gritantes). Era a visão do inferno catequético bem ali, plantado na esquina da Rua B com a Rua D.
Sirenes apocalípticas anunciavam a chegada dos bombeiros e da polícia. Os bombeiros cobriam as pessoas em chamas com mantas, enquanto a multidão se avolumava em torno do caos. OS gritos não cessavam, e uma saraivada de gente despencava das vidraças do prédio, vindo espatifar-se no asfalto. Uma dessas saraivas humanas veio cair aos pés de João Carlos, sobre o cachorro quente. Ele recuou, em pânico. O corpo crepitava e sua pele borbulhava e enrugava-se. O cheiro de carne tostada era repugnante. Mas o rosto...o rosto estava incrivelmente intacto, embora puído.

João Calos desmaiou. Não porque um prédio inteiro tinha entrado em combustão instantânea em questão de segundos, mas por causa daquele rosto no chão, o rosto puído e contorcido que lhe fitou lacrimejante, e cujo espanto estampado antes do último suspiro espelhou-se no homem em pé, antes de desmaiar.. Espelhou-se não somente por semelhança de expressão, mas porque eram cornucópias um do outro.

O soldado Ulysses Costa Mendes teria uma boa história para contar, e uma grande pulga atrás da orelha, caso o corpo colado ao do rapaz desmaiado não estivesse já completamente em chamas, devido a um outro corpo que viera tombar próximo a ele. Para o bem da sua própria sanidade, o soldado Costa Mendes só encontrou um João Carlos Almeida Júnior.
Quanto a este último, teria a sanidade resguardada por médicos gabaritados que o convenceriam de que "a sua visão de si mesmo ardendo não passou de um delírio, uma projeção decorrente da proximidade da morte."

Quanto a um prédio de dez andares que entra em combustão instantânea, os mecanismos geradores de discursos seriam hábeis em convencer a população de qualquer coisa. Afinal, eles vinham há anos convencendo essa mesma população de que, por direito divino, um punhado de gente poderia escravizá-la, condenando-a à mais extrema insalubridade. Não, não seria um caso desses que os deixaria seriamente preocupados. Nada de que um informe extraordinário do plantão jornalístico não desse conta. As vinhetas todos já conhecem. E poucos são os que, ao toque dessas trombetas alarmantes, não correm loucos para a frente da TV mais próxima. Ávidos de morte.

http://sussurrosdekassandra.blogspot.com

quarta-feira, 20 de abril de 2011

olá amigos!

Por mais que eu tenha evitado o processo de triagem, o baile das faíscas sígnicas que eu venho mantendo atiçadas há mais ou menos 4 anos chegou a um ritmo de atividade tal que o referido processo se tornou imperativo. Resumo da ópera: criei mais blogs/feudos onde eu posso manter a neurose em níveis aceitáveis através do simples exercicio do poder/criação. Sem mais delongas, aqui vão os endereços/descrições:

http://sussurrosdekassandra.blogspot.com/
Aqui eu publico textos que se enquadram no campo do fantástico/absurdo/surrealismo/non-sense/horror/saci-fi. Pode-se dizer que é aqui que o Princípio do Prazer fala mais alto.

http://haicacos.blogspot.com/
Aqui eu publico meus haicais profanos e hereges, via de regra fora da métrica tradicional, e versando sobre outras imagens[mais condizentes com a realidade ocidental/brasileira/baiana]
Monge Budista incendeia seu corpo em protesto contra a opressão sofrida pelos Budistas no Vietnã. Saigon 1963



Silente
o Buda cala
mas não consente

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Recortes: Gramsci. Sobre os Indiferentes.



Antonio Gramsci
11 de Fevereiro de 1917

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Primeira Edição: La Città Futura, 11-2-1917
Origem da presente Transcrição: Texto retirado do livro Convite à Leitura de Gramsci"
Tradução: Pedro Celso Uchôa Cavalcanti.
Transcrição de: Alexandre Linares para o Marxists Internet Archive
HTML de: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: Marxists Internet Archive (marxists.org), 2005. A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License


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Odeio os indiferentes. Como Friederich Hebbel acredito que "viver significa tomar partido". Não podem existir os apenas homens, estranhos à cidade. Quem verdadeiramente vive não pode deixar de ser cidadão, e partidário. Indiferença é abulia, parasitismo, covardia, não é vida. Por isso odeio os indiferentes.

A indiferença é o peso morto da história. É a bala de chumbo para o inovador, é a matéria inerte em que se afogam freqüentemente os entusiasmos mais esplendorosos, é o fosso que circunda a velha cidade e a defende melhor do que as mais sólidas muralhas, melhor do que o peito dos seus guerreiros, porque engole nos seus sorvedouros de lama os assaltantes, os dizima e desencoraja e às vezes, os leva a desistir de gesta heróica.

A indiferença atua poderosamente na história. Atua passivamente, mas atua. É a fatalidade; e aquilo com que não se pode contar; é aquilo que confunde os programas, que destrói os planos mesmo os mais bem construídos; é a matéria bruta que se revolta contra a inteligência e a sufoca. O que acontece, o mal que se abate sobre todos, o possível bem que um ato heróico (de valor universal) pode gerar, não se fica a dever tanto à iniciativa dos poucos que atuam quanto à indiferença, ao absentismo dos outros que são muitos. O que acontece, não acontece tanto porque alguns querem que aconteça quanto porque a massa dos homens abdica da sua vontade, deixa fazer, deixa enrolar os nós que, depois, só a espada pode desfazer, deixa promulgar leis que depois só a revolta fará anular, deixa subir ao poder homens que, depois, só uma sublevação poderá derrubar. A fatalidade, que parece dominar a história, não é mais do que a aparência ilusória desta indiferença, deste absentismo. Há fatos que amadurecem na sombra, porque poucas mãos, sem qualquer controle a vigiá-las, tecem a teia da vida coletiva, e a massa não sabe, porque não se preocupa com isso. Os destinos de uma época são manipulados de acordo com visões limitadas e com fins imediatos, de acordo com ambições e paixões pessoais de pequenos grupos ativos, e a massa dos homens não se preocupa com isso. Mas os fatos que amadureceram vêm à superfície; o tecido feito na sombra chega ao seu fim, e então parece ser a fatalidade a arrastar tudo e todos, parece que a história não é mais do que um gigantesco fenômeno natural, uma erupção, um terremoto, de que são todos vítimas, o que quis e o que não quis, quem sabia e quem não sabia, quem se mostrou ativo e quem foi indiferente. Estes então zangam-se, queriam eximir-se às conseqüências, quereriam que se visse que não deram o seu aval, que não são responsáveis. Alguns choramingam piedosamente, outros blasfemam obscenamente, mas nenhum ou poucos põem esta questão: se eu tivesse também cumprido o meu dever, se tivesse procurado fazer valer a minha vontade, o meu parecer, teria sucedido o que sucedeu? Mas nenhum ou poucos atribuem à sua indiferença, ao seu cepticismo, ao fato de não ter dado o seu braço e a sua atividade àqueles grupos de cidadãos que, precisamente para evitarem esse mal combatiam (com o propósito) de procurar o tal bem (que) pretendiam.

A maior parte deles, porém, perante fatos consumados prefere falar de insucessos ideais, de programas definitivamente desmoronados e de outras brincadeiras semelhantes. Recomeçam assim a falta de qualquer responsabilidade. E não por não verem claramente as coisas, e, por vezes, não serem capazes de perspectivar excelentes soluções para os problemas mais urgentes, ou para aqueles que, embora requerendo uma ampla preparação e tempo, são todavia igualmente urgentes. Mas essas soluções são belissimamente infecundas; mas esse contributo para a vida coletiva não é animado por qualquer luz moral; é produto da curiosidade intelectual, não do pungente sentido de uma responsabilidade histórica que quer que todos sejam ativos na vida, que não admite agnosticismos e indiferenças de nenhum gênero.

Odeio os indiferentes também, porque me provocam tédio as suas lamúrias de eternos inocentes. Peço contas a todos eles pela maneira como cumpriram a tarefa que a vida lhes impôs e impõe quotidianamente, do que fizeram e sobretudo do que não fizeram. E sinto que posso ser inexorável, que não devo desperdiçar a minha compaixão, que não posso repartir com eles as minhas lágrimas. Sou militante, estou vivo, sinto nas consciências viris dos que estão comigo pulsar a atividade da cidade futura que estamos a construir. Nessa cidade, a cadeia social não pesará sobre um número reduzido, qualquer coisa que aconteça nela não será devido ao acaso, à fatalidade, mas sim à inteligência dos cidadãos. Ninguém estará à janela a olhar enquanto um pequeno grupo se sacrifica, se imola no sacrifício. E não haverá quem esteja à janela emboscado, e que pretenda usufruir do pouco bem que a atividade de um pequeno grupo tenta realizar e afogue a sua desilusão vituperando o sacrificado, porque não conseguiu o seu intento.

Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio os indiferentes.

Rock'n'Metal Lyrics: Death. Trapped In a Corner

Antes de tudo peço perdão por não ter incorporado nenhum vídeo, estou numa lan-house cujo navegador desatualizado não permite tal ação.
Bom, essa será a primeira de muitas postagens contendo traduções de letras de Rock e Metal. Com isso eu pretendo ajudar um pouco a combater o preconceito que alguns têem com essas formas contra-culturais de arte urbana-jovem, sobretudo no que tange às formas mais "extremas" de Heavy Metal(Thrash, Death, Crossover, Crust/Grind, etc.). O que me motivou a tal ato foi uma experiência direta que tive com um conhecido que cobriu-me com assertivas de ódio e preconceito após eu ter-me revelado apreciador dessas músicas, e vivenciador da subcultura que as cercam. Não irei aqui discorrer sobre Rock/Heavy Metal. A intenção é tornar esta seção do blog uma espécie de "ponto de encontro" de letras e textos acadêmicos que versam sobre o referido assunto. Boa leitura!



Trapped in a corner/Preso em um canto

Quero assistir você se afogar em suas mentiras
O fim de seu baile de máscaras
Uma questão de tempo
Mentiras intricadas, dominação, controle
Alimenta sua natureza distorcida
É repugnante ver os sonhos morrerem
Uma palavra de conselho:
A paciência do destino está se esgotando
Uma farsa para a sua mente e sua aparência
Você não realizará os sonhos a destruir
Com o tempo você se encontrará
Preso em um canto
Essas quatro palavras meu amigo
Eu prometo que você não irá esquecer

Sou um de tantos
Que vêem através de suas mentiras
Se esconder não adiantará
Muitos buscam vingança
Logo se tornará uma vítima
Do que você viveu para criar
E não pode ter
É repugnante ver os sonhos morrerem
Uma palavra de conselho
A paciência do destino está se esgotando
Uma farsa para a sua mente e sua aparência
Você não realizará os sonhos a destruir

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Todo mês de Abril eu me recordo...

Em 28 de abril de 1945 - Mussolini e a sua amante Clara Pettacci, são presos e enforcados pela guerrilha comunista ao tentar sair da Itália