IV.
nós habitamos o degredo
vivemos entre as najas
e aprendemos a dialogar com o deserto.
uma quilha de navio espatifou nossos crânios
e desde então miríades de demônios brotam de lá
-caleidoscópicas borboletas do Abismo-,
e a Prudência jaz, inane,
num mar de lodo e fígados podres.
V.
eu sou Samyazah,
o Pão que o Diabo amassou.
aquele outro é Yesod-Malkuth,
e o grupo que se alberga à sombra raquítica daquela árvore
é a esfomeada cria de satã.
eles envenenaram o Rio que brotava do Trono de Deus e do Cordeiro,
fazendo murchar a Nova Jerusalém.
Nós somos as Jóias favoritas
da Grande Meretriz.
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