quarta-feira, 7 de abril de 2010

3

III.
não quero a pudicícia que sangra aos poucos

gota-a-gota

milimetrando, auferindo,

jamais se ferindo,

vivendo em pausas para o cafezinho.

quero a virulência satânica

dos que sorvem lava aos largos goles

e chutam para longe o cachorrinho advertente.

estranhas borboletas,

sibilas proféticas,

flores bélicas

no seio da pasmaceira instituída.

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