quinta-feira, 29 de abril de 2010

Allan Moore







Alan Moore nasceu em 18 de novembro de 1953 em Northampton, Inglaterra, uma cidade industrial situada entre Londres e Birmingham.

Filho mais velho do funcionário de uma cervejaria, Ernest Moore, e da tipógrafa Sylvia Doreen, Moore teve uma infância e uma adolescência bastante influenciadas pela pobreza da sua família e do seu ambiente.

Ele foi expulso de uma escola secundária conservadora e não foi aceito em qualquer outra escola. Assim, em 1971, Moore estava desempregado e sem possuir qualquer qualificação profissional.

Moore começou a trabalhar com a Embryo, uma revista que tinha publicado com amigos. Isso fez com que se envolvesse com o Laboratório de Artes de Northampton. Depois, casou-se com Phyllis em 1974, tendo eventualmente duas filhas, Amber e Leah.

Em 1979, Moore começou a trabalhar como cartunista para a revista semanal de música Sounds, onde escrevia e desenhava uma história de detetive chamada “Roscoe Moscou”, sob o pseudônimo de Curt Vile.

Eventualmente, Moore concluiu que era um ilustrador fraco e decidiu focalizar seus esforços apenas em escrever. As suas primeiras contribuições foram para a Doctor Who Weekly e o famoso título de ficção ciêntífica 2000 AD, na qual criou várias séries populares, como A Balada de Halo Jones, SKIZZ e D.R. & Quinch.

Em seguida, Alan Moore trabalhou para a Warrior, uma revista britânica de antologias. Foi nesse título que começou duas importantes séries: Marvelman (rebatizado nos Estados Unidos como Miracleman) e V de Vingança, o subversivo conto sobre a luta por liberdade e dignidade numa Inglaterra fascista. Ambas lhe conferiram o British Eagle Awards, como Melhor Escritor de Quadrinhos em 1982 e 1983.

Os talentos de Moore lhe garantiram a sua primeira série americana, a saga do Monstro do Pântano. Nela, o conceituado escritor reinventou o personagem, enquanto seu enredo girava em torno de temas pesados (controle de armas, racismo, lixo nuclear, etc).

Exibindo grande profundidade e perspicácia em seu trabalho, ele demonstrou que podia escrever sobre um amplo leque de tópicos e situações. As histórias dele fixaram o passo para o chamado “Suspense Sofisticado”, através do qual a maioria das HQs da linha Vertigo da DC opera atualmente.Além de Monstro do Pântano, escreveu também vários outros títulos da DC, um anual do Batman e algumas histórias do Superman.

Em 1986, enquanto a DC Comics estava reconstruindo seu universo de quadrinhos, Moore escreveu Watchmen, que, ao lado de Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, redefiniu o meio dos quadrinhos, e mudou o tom dos quadrinhos da época. Watchmen, com seus enredos detalhados, mostrava um retrato realista dos super-heróis num mundo que nem os entendia, nem confiava neles, e é até hoje considerada por muitos a maior HQ de super-heróis de todos os tempos.

Ele terminou suas histórias para o Monstro do Pântano, completou V de Vingança para a DC Comics e escreveu uma das melhores histórias do Coringa em Batman: A Piada Mortal (com arte de Brian Bolland). No final do anos 80, Alan Moore estava muito descontente com o fato de não possuir os direitos de Watchmen, assim como achava que não estava recebendo os royalties adequados pela série.

Além disso, nessa época surgiram discussões sobre a implementação de um sistema de classificação nas revistas em quadrinhos e Moore era totalmente contra essa idéia. Assim, ele resolveu deixar os quadrinhos mais comerciais e populares para trabalhar estritamente para editoras menores e independentes.

Sem mais nenhum vínculo com a DC, Moore começou vários projetos. Em 1988, montou a sua própria editora, chamada Mad Love Publishing. Moore começou a trabalhar num roteiro de cinema com o empresário da banda punk Sex Pistols, Malcolm McLaren, chamado “Fashion Beast” (embora o filme nunca tenha saído do papel).

Ele também começou a série Big Numbers, com artista Bill Sienkiewicz; mais duas séries para a Taboo, de Stephen Bissette: uma chamada Lost Girls, com a artista Melinda Gebbie, e a série Do Inferno, com Eddie Campbell. Moore também fez uma história pessoal intitulada A Small Killing, com o artista Oscar Zarate. A publicação independente, entretanto, não foi uma coisa muito boa para Moore. Dos trabalhos que começou nesse período, apenas A Small Killing e Do Inferno foram concluídos.

Posteriormente, Moore foi trabalhar na Image Comics, uma nova companhia de quadrinhos dirigida por um grupo muito popular de jovens artistas e escritores. Nessa editora, Moore escreveu 1963, uma espécie de reparação pelas péssimas histórias de outros escritores que brotaram na mídia dos quadrinhos como conseqüência de Watchmen. Ele também escreveu várias histórias para o personagem Spawn, criado por Todd McFarlane.

Nesse período, seu trabalho mais precioso talvez tenha sido a renovação da série Supremo, uma criação de Rob Liefeld calcada no Superman. A abordagem de Moore para o personagem foi tão nostálgica, quanto criativa, voltando no tempo até os primórdios da DC Comics. Infelizmente, a série foi suspensa por causa de problemas financeiros e os dois últimos números jamais foram publicados.

Então, Moore criou seu próprio selo: America’s Best Comics (ABC) para a WildStorm, o estúdio de Jim Lee, da Image Comics. E, mais uma vez, o talentoso escritor pavimentou todo um território diferente com várias novas séries: A Liga Extraordinária, Promethea, Tom Strong, Tom Strong’s Terrific Tales, Tomorrow Stories e Top Ten.

Ironicamente, a WildStorm acabou sendo vendida para a DC Comics e Jim Lee teve que acertar alguns detalhes contratuais com Moore para que não existisse nenhuma ligação entre ele e sua antiga editora.

Recentemente, o polêmico roteirista se desligou da DC/Wildstorm por causa das interferências da editora no seu trabalho. A DC detém todos os direitos dos personagens da ABC, exceto ‘A Liga Extraordinária’, que é propriedade de Moore e Kevin O’Neill. O terceiro volume da série deverá ser publicado pela Top Shelf Publishing.

Outros projetos de Moore incluem CDs e livros... além do seu desejo de se tornar um mago. Alan Moore mora em Northampton, Inglaterra.






Fonte:http://www.devir.com.br/hqs/moore.php


texto traduzido por: Marquito Maia
texto original: Alan Moore Fan Site

Um comentário:

jorginho da hora disse...

Alan Moore é um dos meus maiores ídolos dos quadrinhos. Quando tomei conhecimento dessa figura, as Hqs passavam por um momento de total desleixo em relação aos textos; acho que talvez por subestimar o critério crítico desse tipo de público. Alan moore compensou isso na época.