sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Aos grandes cérebros com pernas

Os grandes cérebros tonitroam pelas praças
Que a minha poética inexiste
E atestam a obsolescência dos meu versos
assimétricos.
Dizem que essa coisa surreal-beatnik ficou lá na California
nos 60's.
Dizem que "Não Sei Quem" ganhou a parada
E que o negócio é trabalhar e beber em bares bobos nos fins de semana.
Eu, teimoso que só a peste,
Trabalho como pica de ator pornô
E estudo noite adentro para não perder a bolsa na Católica de Salvadô.
E ainda assim, continuo fazendo o que dizem que eu não tenho mais o direito de fazer.
Ah, amigos cerebralistas,
Ó vós megalomaníacos dos campi de filosofia e sociologia do Brasil.
Conheço certos métodos infalíveis para curar a vossa crença no tempo,
Para carcomer as vossas certezas
As suas ânsias de ordem
As suas teleologias
Seus fatalismos
Determinismos
Sua mente-gueto...

Um dia uma onda me atingiu,
E carregou para longe meus brinquedinhos brilhantes.
Esta poesia não é um mero capricho,
É o que me resta!

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