quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pseudo Eremitério

num antigo rack,
um Dostoievski,
obras completas
vol.II (em stand by).

ao lado a história
do simbolismo brasileiro
(do Massaud)
onde eu descobri, estupefato,
o Kilkerry,
que quase kill me
de susto,
pois era de Santo Antônio, o de Jesus.

eu, no tapete ideo-gramado,
(o gato dorme ao lado).
Drummond
(completo) é
o travesseiro
(volumoso)

ao sul de mim
ergue-se minha pequena
Babel suspensa,
ou Alexandria de quintalejo.

o resto
é um qualquer-quarto
(salvo as pixações).

o ventilador bafeja
um vento de deserto

enquanto eu leio
como um ilegítimo
eremita

eu leio Maia.
uma impressão encadernada.
(nunca achei o Maia pra comprar)

2 comentários:

gilson figueiredo disse...

experiencia ousada esse poema,
nice.

jorginho da hora disse...

POIS É, MANO VEIO, UMA DESCRIÇÃO DO SEU QUARTO QUE REPRESENTA SUAS AVENTURAS LITERARIAS.