o corte fractal da realidade
revela infrutescências de sumos sulfúricos.
sujas sentinas,
onde há beijos de fogo à espera,
sempre prontos a incendiar-te a face.
a nuvem pequena e só
é a dor materializada,
sol gasoso
levado pelo vento.
penso a poesia do degredo,
de morte aguda e reluzente
ou palavras-hímen
complacentes.
quero sempre violar a página,
duelar com o nada
esmerilhando ilhas-letras,
doces pílulas de morte
ou cascata de tubos metálicos sobre o asfalto,
estilhaçando a manhã.
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