Quebrei os espelhos,
E o corredor ficou estranho,
Pois já não era a minha réplica
Que povoava as paredes.
A face se perdeu,
Escoada em fissuras,
Mandalizada em desníveis na superfície
do vidro.
Visões serão tidas como disparates,
Até que o beijo da Aranha petrifique o Sol,
Emaranhando as verdades perfeitas numa teia
de cianureto e monóxido de carbono.
3 comentários:
Velho, estou lendo e relendo Lovecraft. muito bom! Inspira não só à hitórias em quadrinhos como também à poesia. Estimulante, muito estimulante.
Depois que eu tirar algumas xerox, levo tudo de volta.
Li a postagem casandra fala, mas meu tempo já está acabando e eu tenho que sair meio que correndo prá atender um cliente que ligou pra fazer uma tattoo. Espero que ele não canse de esperar!
Depois volto prá fazer um comentário.
belissimo!
O olho do furacão nesse caso é a desconstrução do ego ou a crise da identidade?
É a desconstrução em si mesma. Trata-se do canto desesperado de alguém que vê claramente as desgraças decorrentes de uma visão estatizante/estagnante da realidade, e sabe-se impotente para mudar toda uma visão de mundo alicerssada por construtos fortalecidos ao longo de milênios.
Abraço!
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