Há espertalhões
em posições estratégicas
ao longo de uma longa esteira de produção.
São estéreis, todos (e histéricos),
castrados, casados, amáveis, amargos.
Todos malamados,
Mallarmès de quinta
melindrosos.
Mal arranjam suas peças-letras
num buraquinho corretinho
sobre o qual o corretivo
já formou espessa crosta
e eles dão gritinhos de satisfação.
São os Mozarts do verso
Os grãos-mestres da construção.
Enquanto eu, o inverso,
sou um reles fazedor de canção.
Um adepto confesso
do compor em convulsão.
2 comentários:
A pior coisa para essas figuras foi perceber {a partir da internet ] Que escrever bem, afinal de contas, é mais comum do que eles podiam imaginar.
Discordo. Escrever bem não é comum. Escrever na norma culta da Língua pode até ser comum. Mas poesia boa é raridade. Eu mesmo não sei bem porque escrevo, vivo a buscar uma voz poética, e uma qualidade menos oscilante entr emeus poemas, mas não acredito muito que concluirei tal empresa nesta encarnação.
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