Tomando uma cerveja
-a terceira-,
flagrou-se ainda com sede
e, súbito,
sentiu-se embriagado por uma lucidez
absurda.
A mesa pegajosa
com logomarcas de bebidas,
a fauna decadente do boteco,
o ar saturado de tabaco fodido.
Alguém,
que já passou da terceira,
deixa cair um copo.
Murmurou
(embora sentisse que gritasse):
"não é preciso quebrar copos,
tudo já está estilhaçado!"
3 comentários:
o grito de silêncio é de vidro.
Falando em cerveja
me deu vontade de tomar uma agora.
Ah..., cerveja, o Satori espumante...
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